28 abr Tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor… que eu tô voltando… Saudades de ouvir Chico Buarque, da abertura política, quando o futuro parecia sorrir e tinha promessa de bom tempo. Agora… Agora fiquei quinze dias longe dessa página, dez dias numa praia deserta, quase sozinho, sem notícias do Brasil, da covi-19 e do mundo. Bastou voltar ao Recife, ao celular, whatsapp, youtube, que o descanso foi para o brejo.
A pandemia continua à espreita, de foice na mão, e a política brasileira chafurdando nos mesmos escândalos. Devia ter ficado na ilha, ninguém sentiria minha ausência. Um amigo, professor de física da UFPE, me falou que se o departamento fosse abduzido para Marte, não faria a menor falta à ciência. Acho que comigo aconteceria o mesmo, como no poema de Fernando Pessoa.
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém…
Sem ti correrá tudo sem ti.
Mas já que voltei, vamos continuar as nossas conversas e provocações. Mesmo que elas pareçam sem importância absolutamente nenhuma.
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