20 dez Na luta
“O Brasil empobrece e fica mais distante do mundo”, diz a manchete do jornal Folha de São Paulo. Nem é necessário ler jornais para constatar isso, basta sair à rua, parar num sinal, fazer as contas no final do mês. O mundo inteiro também começa a empobrecer. Um clima de Idade Média, o terror da pandemia do coronavírus, semelhante à Peste, e o consequente medo e isolamento, pobreza e fome, se alastra por muitos países.
É incompreensível nosso empobrecimento, mas não estamos sozinhos nesse barco. Os números dos economistas indicam que houve um crescimento do PIB mundial, nos últimos 10 anos, de 30,5 %, enquanto o Brasil cresceu apenas 2,2%, projetadas as previsões para 2020. Nossa população cresceu quase 10 %, aumentando a pobreza.
Não aprecio estatísticas, nem economês. Mas é visível que a pujança de oito anos de governo Lula começou a decair com os seis anos em que não deixaram Dilma Rousseff governar, até o golpe em que ela foi deposta. Seguiram-se dois anos do desastre Temer e mais dois anos de uma dupla catástrofe: o Coronavírus e Bolsonaro, que vai manter-se por mais dois anos e ameaça repetir-se por mais quatro anos, se os eleitores continuarem usando vendas no lugar de máscaras (que o presidente não usa nem aconselha usar).
De que forma manter os sonhos e a criação? E satisfazer as necessidades básicas? Trabalho é liberdade, afirmava uma célebre guru. É necessário encontrar saídas para a inércia e a depressão. Trabalhar. Como, se as estatísticas só falam em crescimento de desemprego?
Não sei.
Lutando? De que maneira?
Desejo que em 2021 encontremos coragem para agir contra o que nos imobiliza.
Feliz Ano Novo!
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