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06
fev
Em Memória da casa dos mortos, seu relato da prisão siberiana, Dostoiévski reúne personagens da escória da sociedade russa, tocados pela espiritualidade.
Memórias da casa dos mortos não segue os padrões dos romances mais famosos de Dostoiévski, embora encontremos nele os arcabouços dessas futuras obras. Trata-se...
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05
fev
Um desenho comprado por 30 dólares, numa venda de garagem, foi avaliado em 10 milhões de dólares, ou 53 milhões de reais pela cotação de hoje. Nada mau para o proprietário, que ignorava se tratar de Albrecht Dürer, considerado o maior artista alemão do renascimento.
Se...
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04
fev
O jornalista Astier Basílio me escreve de Moscou, onde estuda literatura russa. Disse-me que por lá Jorge Amado continua sendo a grande referência da literatura brasileira. Constatei isso na Alemanha, França, Itália e nos países por onde viajei para feiras e bienais. Paulo Coelho, também...
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03
fev
Será castigo?
Em 2020 ganhamos a rua conhecendo o risco. Falta de controle sanitário, inoperância do Ministério da Saúde? A Maligna já mostrara os dentes na China e no resto do mundo. Só aqui na pátria amada Brasil parecíamos imunes, cobertos por uma redoma como...
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02
fev
Acho que li em algum conto de I. L. Peretz ou em Bashevis Singer, judeus que escreveram em ídiche, que no judaísmo ortodoxo são necessários oito homens, suponho serem todos amigos, para carregar o caixão do morto. Começo a temer que não terei esse número,...
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23
jan
Agora que está na moda o enredo das migrações e os romancistas se deslocam pelas várias geografias do planeta, nada mais pertinente que ler e reler Terras do sem-fim (1943). Neste romance existe uma épica na luta pela conquista da terra, as florestas de São...
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22
jan
Embora se fale em nova leva de narrativas de horror, reinventando medos que escapam à racionalidade, moda que já chega aos escritores brasileiros, nossa história recente de Brasil nos direciona bem mais para o neorrealismo. Isso se quisermos estar atentos à História. Aos que preferem a...
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22
jan
O romancista Juan Rulfo bem poderia ter escrito “Não mora mais ninguém”, poema em prosa do peruano César Vallejo, pela maneira semelhante como lida com os vivos e os mortos. Vallejo escreve: “O lugar por onde um homem passou nunca mais será ermo. Somente está...
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21
jan
Graciliano, por algum motivo que desconheço, é adotado no curso de letras da USP. A mesma sorte não tem Jorge Amado, nem José Lins do Rego. E Gilberto Freyre foi cancelado há muito tempo, ainda nem estava na moda o uso dessa expressão: ser cancelado.
Quando...
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