Arquivos crônica | Ronaldo Correia de Brito | site oficial
-1
archive,tag,tag-cronica,tag-53,bridge-core-3.1.3,qi-blocks-1.3.3,qodef-gutenberg--no-touch,qodef-qi--no-touch,qi-addons-for-elementor-1.8.1,qode-page-transition-enabled,ajax_fade,page_not_loaded,,qode-title-hidden,qode_grid_1300,hide_top_bar_on_mobile_header,qode-content-sidebar-responsive,qode-theme-ver-30.2,qode-theme-bridge,disabled_footer_top,disabled_footer_bottom,qode_header_in_grid,wpb-js-composer js-comp-ver-7.9,vc_responsive,elementor-default,elementor-kit-2068

Às vezes imagino ser possível retornar a sessenta anos atrás, às fazendas ou engenhos onde vivi a infância e a adolescência. De volta ao presente, me parece impossível que o mundo sertanejo tenha desaparecido de forma tão radical, em tempo tão pequeno. Igual aos versos...

(acerca das origens da mais popular festa nordestina) Na cidade de Barbalha, no Ceará, ainda celebram Antonio, um santo cristão franciscano. A festa é cheia de reminiscências pagãs aos cultos celtas e à divindade asiática e grega Dioniso. Porém o mais fantástico são os resquícios da...

Vi a foto de uma enfermaria de hospital americano durante a epidemia de gripe espanhola, que matou mais de vinte milhões de pessoas, nos anos dezoito e dezenove do século passado. Na imagem em preto e branco, aparecem dezenas de camas arrumadas em duas fileiras,...

Vale a pena discutir se é mais difícil escrever um romance ou um conto? Segundo Octavio Paz, sem épica não há sociedade possível, pois não existe sociedade sem heróis em que se reconhecer. Jacob Burckhardt foi um dos primeiros a advertir que a épica da...

Dona Madalena foi quem me contou a história. No tempo em que eu tomei por obrigação conhecer e registrar os brinquedos populares de Recife, armado de um pequeno gravador e de uma máquina fotográfica. O meu parceiro Bérgson Queiroz preparou uma lista de vinte perguntas,...

Na festa em que não conheço ninguém, o anfitrião me senta ao lado de um casal, imaginando afinidades. Apresenta-me como um literato nordestino – meu Deus! –, e remexe na memória em busca de algum título que possa ilustrar-me. Depois de um esforço que me...

Com certeza, não foi na biografia de Gabriel García Márquez “Viver para Contar” onde li a história de um menino que, ao perder a mãe, teve como primeiro sentimento o de que nunca mais comeria arroz doce, porque era ela quem cozinhava o seu prato...

Cândido Pinto morreu. Lembrei a Milonga de Manoel Flores, do poeta Jorge Luís Borges: morrer é um costume que sabe ter toda gente. Poucos conhecem Cândido Pinto, nos dias de hoje. Mas na década de 1960, quando agitava o meio estudantil com o seu...

Eu tinha doze anos em 31 de março de 1964. As lembranças que marcaram uma geração de brasileiros não possuem nenhum romantismo, apenas dor e desejo de reparação e justiça. Para mim, uma criança na época, elas são imagens fragmentadas como as do filme Amarcord,...

Quando tio Gustavo retornou do Sul, era madrugada. Ouvi os latidos dos cachorros, as batidas na porta de casa e o nome do meu pai chamado alto. Depois escutei minha mãe chorando, transtornada com a magreza do tio, seu semblante envelhecido. Tudo se passando junto...

Loading new posts...
No more posts