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É difícil escrever um romance, sobretudo quando estamos velhos. Mas nem José Saramago nem Alejo Carpentier escreveram jovens. J. M. Coetzee se queixava do peso dos personagens, da dificuldade em carregá-los na velhice. Um memorialista brasileiro, Pedro Nava, escreveu livros volumosos, depois dos oitenta anos....

Cansado de trios elétricos, música axé, dança da galinha, bloco Filhos de Gandhi, de Gil e Carlinhos Brown, Ivete Sangalo e Daniela Mercury, Chiclete com Banana e Timbalada, o baiano resolveu cair de pára-quedas na rua do Bom Jesus. – Fui convidado a passar o carnaval...

Meu encontro com o carnaval do Recife foi um susto. Dizem que o escritor Eduardo Galeano quando avistou o mar pela primeira vez segurou a mão do pai e pediu: me ajude a ver! Eu não tinha ninguém por perto que me socorresse. Foi sozinho...

Às duas da madrugada ninguém conseguia determinar a intensidade e a direção de um vetor de força, apagara da memória as equações lineares de movimento e sentia-se incapaz de dizer o valor do número PI. Estudávamos desde as vinte horas, no apartamento quente e sufocante...

Que maravilha, uma visita desejada! O amigo resolve aparecer de repente, depois de anos de ausência. Mal recebemos o anúncio de que está para chegar e já começam os preparativos: arrumamos o quarto, forramos a cama com os melhores lençóis, fazemos as compras de supermercado...

Ilustração: Maria Júlia Moreira – Como vamos pensar em recuperação de prédios, se as pessoas estão no maior abandono? Mereço a resposta. Atrevi-me a tecer comentários sobre patrimônio em plena terça-feira gorda, em meio ao barulho e ao calor, bebendo cerveja quente e ruim, três latas grandes...

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