js_composer
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/ronaldoc/public_html/site2/wp-includes/functions.php on line 6121bridge
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home1/ronaldoc/public_html/site2/wp-includes/functions.php on line 6121<\/span><\/h6>\n
O carnaval nunca mudou, desde os seus prim\u00f3rdios, nos temas reais e simb\u00f3licos que o definem: carne e bebida, sexo e viol\u00eancia. Para os italianos, \u00e9 da palavra carne que vem o seu nome \u2013 carnevale<\/i>, significando vale comer carne. <\/span><\/p>\n Mundo de cabe\u00e7a para baixo, quando a cabe\u00e7a do mundo era para cima, no carnaval o rei sa\u00eda disfar\u00e7ado no meio do povo e um campon\u00eas ostentava uma coroa. Hoje, os pol\u00edticos fazem quest\u00e3o de mostrar-se em palanques oficiais ou camarotes de luxo. Nas gravuras antigas, os homens aparecem vestindo roupas femininas e as mulheres de cal\u00e7as, botas, chicote na m\u00e3o, fumando charuto e dando ordens. Os velhos s\u00edmbolos da invers\u00e3o do mundo foram para os ba\u00fas e o que era exclusividade do carnaval virou rotina. <\/span><\/p>\n Para que servem os tr\u00eas dias de carnaval, que em Recife e Olinda, dependendo do calend\u00e1rio, podem ser trinta ou sessenta? Controle social? Fuga de um cotidiano miser\u00e1vel? Reuni\u00e3o de classes e culturas, celebrando a alegria e o prazer? A democracia do carnaval, cantada em marchas e sambas, existe mesmo? Desfeita a maya<\/i> alco\u00f3lica \u00e9 poss\u00edvel o reencontro dos homens e mulheres que se abra\u00e7avam como foli\u00f5es?<\/span><\/p>\n Um cord\u00e3o de isolamento, real ou simb\u00f3lico, divide as gentes pernambucanas na festa de carnaval, como o Capibaribe separa o Bairro de Santo Ant\u00f4nio do Recife Antigo. Alguma coisa mudou, \u00e9 bem verdade. Antigamente, um cavalo marinho pedia licen\u00e7a ao senhor de engenho para se apresentar no terreiro da casa grande. Os donos da casa assistiam ao brinquedo l\u00e1 de cima do cal\u00e7ad\u00e3o. Hoje, \u00e9 poss\u00edvel ver na rua do Bom Jesus um mestre rabequeiro tocando ciranda num palanque, para deleite dos antigos senhores, que dan\u00e7am em baixo, no meio da rua. <\/span><\/p>\n Enquanto se apresentam na passarela, nenhum brilho ofusca as golas de vidrilhos e lantejoulas dos brincantes de maracatu rural. Tontos de cacha\u00e7a, os caboclos carregam o surr\u00e3o de chocalhos como se fosse uma cruz leve, bem mais maneira que o fac\u00e3o de cortar cana. Cumprem o cortejo e refazem o caminho de volta \u00e0s casas de taipa onde vivem.<\/span><\/p>\n O carnaval tem alegrias e amarguras. \u00c9 insuport\u00e1vel sem a embriaguez. Sem as liba\u00e7\u00f5es alco\u00f3licas a dura realidade n\u00e3o se transforma no sonho de tr\u00eas dias. Os cortejos reproduzem uma falsa democracia social, a perigosa conviv\u00eancia entre ricos e pobres. As flechas dos caboclinhos, as lan\u00e7as dos lanceiros e as espadas da corte romana do maracatu s\u00e3o todas aleg\u00f3ricas. Nenhuma dessas armas fere a realidade que jugula os brincantes. Mesmo que vivamos em clima de guerra civil, separados em campos de batalha, em morros e condom\u00ednios fechados, favelas e pr\u00e9dios de luxo, palafitas e Lago Sul, no carnaval as investidas s\u00e3o todas pac\u00edficas, os ataques ao passo de dan\u00e7a, as embaixadas po\u00e9ticas. <\/span><\/p>\n Numa esquecida representa\u00e7\u00e3o do auto de caboclinhos, o tuxaua conclama os seus guerreiros:<\/span><\/p>\n \u2013Tupiri\u00e7\u00e1!<\/span><\/p>\n \u2013 Taqu\u00e1!<\/span><\/p>\n \u2013 Que caboclos s\u00e3o voc\u00eas?<\/span><\/p>\n \u2013 Caet\u00e9s!<\/span><\/p>\n \u2013 Caet\u00e9s pedem paz ou guerra?<\/span><\/p>\n \u2013 Guerra!<\/span><\/p>\n A cr\u00f4nica policial da quarta-feira de cinzas atribui a acidentes ou motivos passionais o saldo de mortos da guerra de Momo. <\/span><\/p>\n \u2013 Ser\u00e1 o Brasil o verdadeiro mundo de cabe\u00e7a para baixo? *Modelo: Maycon Douglas | Foto: Andr\u00e9a R\u00eago Barros O carnaval nunca mudou, desde os seus prim\u00f3rdios, nos temas reais e simb\u00f3licos que o definem: carne e bebida, sexo e viol\u00eancia. Para os italianos, \u00e9 da palavra carne que vem o seu nome \u2013 carnevale, significando…<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":1077,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":"","footnotes":""},"categories":[8,46,45],"tags":[92],"class_list":["post-1076","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-blog","category-links","category-slider","tag-carnaval"],"yoast_head":"\n
\n<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"