js_composer
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/ronaldoc/public_html/site2/wp-includes/functions.php on line 6121bridge
foi ativado muito cedo. Isso geralmente é um indicador de que algum código no plugin ou tema está sendo executado muito cedo. As traduções devem ser carregadas na ação init
ou mais tarde. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 6.7.0.) in /home1/ronaldoc/public_html/site2/wp-includes/functions.php on line 6121Viver \u00e9 perigoso, afirma Guimar\u00e3es Rosa, no Grande Sert\u00e3o: Veredas. Viver no Brasil mais perigoso do que em qualquer outro lugar do mundo, concluo ao analisar as estat\u00edsticas de homic\u00eddios, chacinas, assaltos, estupros, tr\u00e1fico humano e de drogas, crimes cometidos por pol\u00edticos, policiais, membros da Justi\u00e7a, empres\u00e1rios, latifundi\u00e1rios…<\/span><\/p>\n A cada dia dormimos num pa\u00eds e acordamos noutro. Despertar \u00e9 um susto. O que mudou de ontem para agora, nos perguntamos? Que esc\u00e2ndalo ou desfa\u00e7atez nos espera? Hoje, a proposta encaminhada por um juiz, que j\u00e1 ganhou o nome de \u201ccura gay\u201d. Uma piada. Somos os mais violentos do planeta, mas tamb\u00e9m os mais c\u00ednicos e descarados. Curar o que? Depois da revolu\u00e7\u00e3o sexual e da contracultura ainda me surge uma dessas? <\/span><\/p>\n Vamos curar Rimbaud, Verlaine, Proust, Thomas Mann, Oscar Wilde, Garcia Lorca, e meio mundo de artistas, intelectuais, cientistas, etc. Piada grosseira, est\u00e3o querendo engrossar o angu. Selecionei alguns poemas para animar a luta e a resist\u00eancia ao obscurantismo. <\/span><\/p>\n Poema do americano Walt Whitman, publicado em 1855:<\/span><\/p>\n Quando em teu colo deitei a cabe\u00e7a, meu camarada, se todos me aceitassem, Fernando Pessoa na \u201cSauda\u00e7\u00e3o a Walt Whitman\u201d, poema de 1915. <\/span><\/p>\n E as estrofes do poeta espanhol Federico Garcia Lorca, assassinado por fascistas durante a Revolu\u00e7\u00e3o Espanhola, pelo motivo n\u00e3o confessado de que ele era homossexual. O poema \u00e9 a \u201cOde a Walt Whitman\u201d.<\/span><\/p>\n Evo\u00e9!<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Viver \u00e9 perigoso, afirma Guimar\u00e3es Rosa, no Grande Sert\u00e3o: Veredas. Viver no Brasil mais perigoso do que em qualquer outro lugar do mundo, concluo ao analisar as estat\u00edsticas de homic\u00eddios, chacinas, assaltos, estupros, tr\u00e1fico humano e de drogas, crimes cometidos por pol\u00edticos, policiais, membros da…<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":922,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":"","footnotes":""},"categories":[8,45],"tags":[14,53],"class_list":["post-921","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-blog","category-slider","tag-blog-2","tag-cronica"],"yoast_head":"\n
\n<\/span>a confiss\u00e3o que fiz eu reafirmo,
\n<\/span>o que eu te disse e a c\u00e9u aberto
\n<\/span>eu reafirmo: sei bem que sou inquieto
\n<\/span>e deixo os outros tamb\u00e9m assim,
\n<\/span>eu sei que minhas palavras s\u00e3o armas,
\n<\/span>carregadas de perigo e de morte,
\n<\/span>pois eu enfrento a paz e a seguran\u00e7a
\n<\/span>e as leis mais enraizadas
\n<\/span>para as desenraizar,
\n<\/span>e por me haverem todos rejeitado
\n<\/span>mais resoluto sou
\n<\/span>do que jamais poderia chegar a ser<\/p>\n
\n<\/span>eu n\u00e3o respeito e nunca respeitei
\n<\/span>experi\u00eancia, conveni\u00eancia,
\n<\/span>nem maiorias, nem o rid\u00edculo,
\n<\/span>e a amea\u00e7a do que chamam de inferno
\n<\/span>para mim nada \u00e9, ou muito pouco,
\n<\/span>meu camarada querido: eu confesso
\nque o incitei a ir em frente comigo
\n<\/span>e que ainda o incito sem a m\u00ednima ideia
\n<\/span>de qual venha a ser o nosso destino
\n<\/span>ou se vamos sair vitoriosos
\n<\/span>ou totalmente sufocados e vencidos.<\/span><\/p>\n
\n<\/span>N\u00e3o quero fecho nas portas!
\n<\/span>N\u00e3o quero fechaduras nos cofres!
\n<\/span>Quero intercalar-me, imiscuir-me, ser levado,
\n<\/span>Quero que me fa\u00e7am perten\u00e7a do\u00edda de qualquer outro,
\n<\/span>Que me despejem dos caixotes,
\n<\/span>Que me atirem aos mares,
\n<\/span>Que me v\u00e3o buscar em casa com fins obscenos,
\n<\/span>S\u00f3 para n\u00e3o estar sempre aqui sentado e quieto,
\n<\/span>S\u00f3 para n\u00e3o estar simplesmente escrevendo estes versos!<\/p>\n
\nPorque \u00e9 justo que o homem n\u00e3o procure o prazer
\n<\/span>na selva de sangue da manh\u00e3 mais pr\u00f3xima.
\n<\/span>O c\u00e9u tem praias onde evitar a vida
\n<\/span>e h\u00e1 corpos que n\u00e3o devem repetir-se na aurora.
\n<\/span>
\nPode o homem, se quiser, conduzir o desejo
\n<\/span>por veia de coral ou nu celeste.
\nAmanh\u00e3 todo o amor ser\u00e1 rocha e o Tempo
\n<\/span>uma brisa que chega adormecida pelos ramos.<\/span><\/p>\n